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20 de março de 2018- Visualizações: 8659
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As redes sociais estão manchadas de sangue
Por Marcos Bontempo
Ao abrir a Folha de S. Paulo ontem, pela manhã, pensei que poderia estar lendo uma nova versão de “A Bíblia para colorir”.

A charge do cartunista e ilustrador João Montanaro, publicada na página 2 do primeiro caderno, poderia facilmente emoldurar as palavras de Isaías:
“Vocês têm as mãos manchadas de sangue e os dedos sujos de crimes; vocês só sabem contar mentiras...” (Is 59.3).
O texto é conhecido. A aplicação e implicações, nem tanto.
Difícil imaginar o Profeta falando sobre as redes sociais ou a iniquidade das “fake news”. Mas, é fácil fazer o caminho contrário: olhar para o que compartilhamos ou reproduzimos e reconhecer, no mínimo, ingenuidade, quem sabe, estupidez; e, no máximo – para usar o texto bíblico –, enxergar sangue.
Desnecessário mencionar exemplos. As “fake news”, uma inovação da velha e conhecida “fofoca”, não raramente tem o auxílio luxuoso de intriga e invencionices. Em resumo, notícia falsa. E aí, não há limites: das delações premiadas à última do irmão (ou do pastor) da minha igreja, tudo precisa ser compartilhado. Sem escrúpulos, sem verificação, sem discernimento.
Isaías continua e é ainda mais certeiro:
“Ninguém faz defesa com integridade. Apoiam-se em argumentos vazios e falam mentiras; concebem maldade e geram iniquidade”. (Is 59.4)
O capítulo 59 de Isaías é muito melhor do que os recortes acima. Por último, um detalhe que não pode ser esquecido. Para o nosso espanto, Isaías também desconfiava de si mesmo:
“Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros”. (Is 6.5)
Antes dos embates online, é bom lembrar das armas de Isaías, um dos principais críticos bíblicos da hipocrisia e da injustiça.
Um desafio e tanto. Antes que as nossas mãos e os nossos dedos se lambuzem de sangue...
Leia mais:
> Entrevista: As Fake News e a Igreja
> Quem nunca compartilhou uma notícia falsa
Ao abrir a Folha de S. Paulo ontem, pela manhã, pensei que poderia estar lendo uma nova versão de “A Bíblia para colorir”.

A charge do cartunista e ilustrador João Montanaro, publicada na página 2 do primeiro caderno, poderia facilmente emoldurar as palavras de Isaías:
“Vocês têm as mãos manchadas de sangue e os dedos sujos de crimes; vocês só sabem contar mentiras...” (Is 59.3).
O texto é conhecido. A aplicação e implicações, nem tanto.
Difícil imaginar o Profeta falando sobre as redes sociais ou a iniquidade das “fake news”. Mas, é fácil fazer o caminho contrário: olhar para o que compartilhamos ou reproduzimos e reconhecer, no mínimo, ingenuidade, quem sabe, estupidez; e, no máximo – para usar o texto bíblico –, enxergar sangue.
Desnecessário mencionar exemplos. As “fake news”, uma inovação da velha e conhecida “fofoca”, não raramente tem o auxílio luxuoso de intriga e invencionices. Em resumo, notícia falsa. E aí, não há limites: das delações premiadas à última do irmão (ou do pastor) da minha igreja, tudo precisa ser compartilhado. Sem escrúpulos, sem verificação, sem discernimento.
Isaías continua e é ainda mais certeiro:
“Ninguém faz defesa com integridade. Apoiam-se em argumentos vazios e falam mentiras; concebem maldade e geram iniquidade”. (Is 59.4)
O capítulo 59 de Isaías é muito melhor do que os recortes acima. Por último, um detalhe que não pode ser esquecido. Para o nosso espanto, Isaías também desconfiava de si mesmo:
“Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros”. (Is 6.5)
Antes dos embates online, é bom lembrar das armas de Isaías, um dos principais críticos bíblicos da hipocrisia e da injustiça.
Um desafio e tanto. Antes que as nossas mãos e os nossos dedos se lambuzem de sangue...
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> Entrevista: As Fake News e a Igreja
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